As obras foram embargadas após a divulgação do laudo técnico realizado por dois auditores da Superintendência Regional do MPT
As obras do Hospital Metropolitano Sul Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foram embargadas após a divulgação do laudo técnico, na tarde desta quinta-feira (21), realizado por dois auditores da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho. Graves irregularidades foram constatadas. A principal diz respeito às proteções coletivas, andaimes e no elevador, com problemas de manutenção. O laudo foi encaminhado para a chefe de Segurança da Superintendência Regional, Simones Holmes.
De acordo com o chefe de fiscalização do Ministério do Trabalho, Jefferson Lins, a partir de segunda-feira a empresa será obrigada a apresentar documentos sobre a segurança e contratação dos trabalhadores. Os fiscais decidiram interditar a construção do hospital por tempo indeterminado.
A vistoria foi realizada após a morte do trabalhador Francisco Aristeu Júnior, 38 anos. Ele estava realizando serviço de solda em tanque de água, que estava a 15 metros do chão, quando despencou. Ele chegou a ser socorrido no Hospital Mendo Sampaio, no Cabo de Santo Agostinho, mas não resistiu.
Esse foi o terceiro acidente que ocorreu nas obras do hospital, desde novembro de 2009. Mais de mil pessoas trabalham na construção do Hospital Dom Helder Câmara e a previsão do Governo do Estado é de que o prédio seja inaugurado até o mês de maio.
DEFESA
Francisco Aristeu Júnior era empregado da Schahin Engenharia, responsável pela obra. A empresa informou que está analisando as causas do acidente e que vai dar o apoio necessário à família do operário.
A Schahin Engenharia informou que segue padrões rígidos de segurança e saúde ocupacional dentro das normas. Sobre a qualidade dos equipamentos de proteção individual, inclusive o cinto de segurança, a empresa afirmou que todos são adequados ao uso e apresentam certificado de aprovação do ministério do trabalho e emprego. Quanto à marquise que teria desabado, a empresa diz que se trata de um problema operacional, sem comprometimento da estrutura.
A empresa acrescentou ainda que todos os componentes para a construção, como parafusos, foram devidamente dimensionados por profissional habilitado de acordo com o previsto em projeto. A construtora informou também que está apurando as denúncias e que vai adotar as medidas necessárias para resolver o que for preciso.
Data: 21/01/2010 / Fonte: pe360
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