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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nos primeiros três meses do ponto eletrônico, não haverá multas

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, reafirmou nesta terça-feira (17/8) que não haverá aplicação de multa nos primeiros 90 dias da vigoração da portaria 1.510, que regulamenta o uso do ponto eletrônico. Segundo o ministro, esse período será dedicado à visitas de acompanhamento e esclarecimento, feitas por auditores fiscais do trabalho.

As novas normas passam a valer no dia 25 de agosto, quando começa a fiscalização. Entre as principais mudanças do novo equipamento está a emissão do comprovante impresso a cada vez que o empregado bater o ponto. Além disso, os dados do ponto não poderão ser editados.

Segundo Lupo, nenhuma empresa será obrigada a usar o ponto eletrônico, independente do tamanho e da quantidade de trabalhadores. “Apenas as empresas que usam este equipamento terão que se adequar; e se não quiserem se adequar, também poderão optar por usar ponto manual ou mecânico", disse o ministro.

De acordo com ele, a intenção da portaria é dar ao trabalhador o poder de conferir seu horário de trabalho. "O empregado passará a ter o controle do seu ponto, como o empregador já tem. Quando apenas um lado tem a informação, quando apenas um lado controla, não funciona", ponderou o ministro.

Produção
De acordo com informações do Ministério do Trabalho, atualmente, há no mercado 19 empresas que produzem 81 modelos de Registros Eletrônicos de Ponto (REP) certificados pela pasta. Das 19 fabricantes, 14 responderam ao MTE sobre suas capacidades de produção, que chega à marca de 184.500 equipamentos por mês.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), das mais de sete milhões de empresas declarantes, cerca de 300 mil (5%) são potenciais utilizadoras de registro eletrônico de ponto. As demais 6,7 milhões utilizam ponto manual ou mecânico ou têm menos de 10 empregados, o que as desobriga da marcação de ponto.


Fonte: ADMITA-SE

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

30% Dos Acidentes Atigem as Mãos

Você já pensou em viver sem suas mão? Elas estão envolvidas na maioria das atividades desempenhadas pelo ser humano, sendo um de seus principais instrumentos de trabalho. Perdê-la significa a interrupção de sua força profissional em uma faixa etária produtiva, além de um enorme trauma psicológico e físico, somado a uma perda econômica para empresa, governo e trabalhador.

Apesar da importância, as mãos estão entre as partes do corpo humano mais sujeitas a acidentes. Segundo dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, publicado em janeiro de 2008, 30% dos 503.890 acidentes de trabalho, atingem mãos, dedos e punhos.
Por este motivo, a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão lançou a Campanha Nacional de Prevenção a Acidentes e Traumas da Mão, já que muitos desses acidentes poderiam ser evitados com investimentos em máquinas mais modernas, com dispositivos de segurança, capacitação dos trabalhadores e processos de produção mais adequados.
“A qualidade do primeiro atendimento é de extrema importância, pois é dele que depende toda a evolução caso. Um socorro mal conduzido gera seqüelas graves e, muitas vezes’", incapacidade funcional", alerta a entidade.
“É importante ressaltar que a maior incidência dos acidentes e traumas da mão atingem a população economicamente ativa e o afastamento dessas pessoas de suas respectivas atividades, provoca um sério impacto econômico-social”, adverte Dr. Flávio Faloppa, da Associação Brasileira de Cirurgia da Mão.

Os custos com acidentes, geralmente, englobam o atendimento médico e tratamento, indenização do acidentado, horas perdidas no trabalho, substituição do funcionário. Tudo isso gera prejuízo tanto para o governo, quanto para a empresa, mas principalmente para o trabalhador acidentado, que terá seu ganho diminuído durante a recuperação e, em casos de acidentes mais graves, carregará as seqüelas para o resto de suas vidas.

Fonte: Associação Brasileira de Cirurgia da Mão

PREVENOR 2010 - RECIFE

Mapa da Feira

O mapa é atualizado uma vez por semana, sendo assim, ele pode estar desatualizado. Para obter as últimas atualizações, consulte o nosso departamento comercial através dos fones: 51.21310430 ou 11.31294580

PREVENOR 2010 - RECIFE

Feira de SST e Emergência volta a reunir profissionais em Recife
O maior evento prevencionista e de emergência do Nordeste volta à Recife para repetir o sucesso da primeira edição. De 24 a 26 de novembro, a 9ª edição da feira Prevenor (Feira Norte e Nordeste de Saúde, Segurança no Trabalho e Emergência) reunirá profissionais da área em Recife.

Uma programação qualificada reunirá eventos técnicos, palestras e cursos ministrados por profissionais qualificados em Saúde e Segurança do Trabalho e Emergência. O evento é promovido pelas revistas Proteção e Emergência, com realização da Proteção Eventos.

Em 2008, na primeira edição realizada no Recife, cerca de 8.000 profissionais participaram do evento. Além da feira e dos seminários e cursos paralelos uma programação de simulações chamou a atenção dos presentes, demonstrando experiências práticas para o público presente. Em 2010 o sucesso da PreveNor Pernambuco será repetido. Participe deste grande evento.
Fonte: Revista Proteção

Congresso abordou organização do trabalho e seus efeitos sobre saúde do trabalhador

Natal/RN - Ocorreu nos dias 12 e 13 de agosto, o congresso estadual "A Organização do Trabalho e os Efeitos sobre a Saúde do Trabalhador", promovido pelo Ministério Público do Trabalho e o Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho. O evento ocorreu no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), em Natal, e teve o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Participaram do congresso representantes de várias universidades e órgãos de apoio ao trabalhador. A programação contou com palestras de convidados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e das universidades federais do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. Dentre os convidados, estavam o diretor Nacional de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência Social, Remígio Todeschini, o coordenador geral de Atenção à Saúde do Servidor e Benefícios do Ministério do Planejamento, Marco A. G. Pérez, e Maria Christine Werba Saldanha, coordenadora do Grupo de Extensão Pesquisa em Ergonomia da UFRN (Grepe).

A professora da UFRN, Maria Werba, proferiu a palestra "Organização do trabalho como aspecto causal da LER/DORT". Ela é coordenadora do Laboratório de Ergonomia da universidade e tratou de uma pesquisa realizada nos supermercados de Natal sobre a forma como a organização do trabalho influencia no adoecimento dos trabalhadores.

O Congresso abordou ainda assuntos como a criação do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (SIASS), implantado pelo Ministério do Planejamento através do Departamento de Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor (DESA). O subsistema está sendo implantado pela UFRN, sendo a primeira unidade do SIASS no Estado, perfazendo uma cobertura de 80%, cerca de oito mil servidores no atendimento do estado.
Data: 13/08/2010 / Fonte: Tribuna do Norte

Trabalhador morre eletrocutado em Caxias do Sul/RS

Caxias do Sul/RS - Um homem de 55 anos morreu na manhã do dia 10 de agosto em Caxias do Sul/RS, vítima de choque elétrico. Ele trabalhava na instalação de uma cobertura metálica, quando o andaime encostou na fiação elétrica. O funcionário recebeu a descarga elétrica, foi arremessado contra o muro e morreu na hora. A energia vinda dos fios alimenta o transformador da empresa e passava a uma altura de aproximadamente oito metros. Outro funcionário que ajudava a vítima conseguiu escapar.
Data: 11/08/2010 / Fonte: Pioneiro

Quase Acidentes São Sinais de Alerta

Você deixa alguma coisa pesada cair de suas mãos e não acerta o próprio pé. Isto é um acidente, mas sem grandes conseqüências ou mesmo um pequeno ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separa você ou uma pessoa de ser atropelado por um carro.
Esta diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre. Suponha que você esteja voltando para a casa à noite de carro e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo a poucos centímetros da criança?
Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Neste exemplo os seus reflexos podem ter sido mais rápido, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores faróis ou melhores pneus.
De qualquer maneira, não se trata de sorte, apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real. Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente, você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local, você sabe que existem crianças brincando nos passeios e que, de repente, elas podem correr para a rua.
No trabalho um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.
Tome por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê, dá a volta e nada acontece.
A próxima pessoa a passar pelo local não percebe o óleo derramado, escorrega e quase cai. Sai desconcertado e resmungando. A terceira pessoa, infelizmente, ao passar, escorrega, perde o equilíbrio e cai, batendo com a cabeça em qualquer lugar ou esfolando alguma parte do corpo.Tome um outro exemplo.
Um material mal empilhado se desfaz no momento que alguém passa por perto. Pelo fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se desfaz do susto e diz. “Puxa, essa passou por perto!”
Mas se a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser mais rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente.
A conclusão é mais do que óbvia. NÓS DEVEMOS ESTAR EM ALERTA PARA O QUASE ACIDENTE. Assim evitamos ser pegos por acidentes reais. Lembre-se que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado.
Exemplo: Nosso empilhamento de material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de trabalho pode não estar boa. Vamos verificar nosso local de trabalho, a arrumação das ferramentas e ficar de olhos bem abertos para as pequenas coisas que podem estar erradas.
Relate e corrija estas situações.
Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente grave, descobrindo suas causas fundamentais enquanto temos chance, pois só assim conseguiremos fazer de nosso setor de trabalho um ambiente mais sadio.

Respeite os Pequenos Ferimentos

Quando dizemos que o João se machucou ontem, querermos dizer que algo de sério aconteceu com ele. Normalmente não consideramos arranhão, uma pancada na cabeça, uma pancada na coxa como machucado ou ferimento. Ao pensarmos assim, estamos parcialmente certos, mas parcialmente errados também. Os pequenos ferimentos não nos preocupam porque não nos afastam do trabalho, nem requerem internação.
Isto é verdade desde que tomemos pequenas medidas para que a coisa não fique grave. Quantos exemplos temos aqui para mostrar que aqueles pequenos ferimentos pode ser um princípio de problema sério. Existem milhares de casos em todo o Brasil em que pessoas não deram a devida importância daqueles pequenos ferimentos e que mais tarde teve uma perna amputada, um órgão extraído ou mesmo até a morte, porém tais casos não são divulgados.
Um jogador de futebol americano recebeu uma forte bloqueio de corpo no meio do campo. Saiu do jogo sentindo-se muito bem e depois de algum tempo foi para casa. Ele morreu no dia seguinte por ter sido vítima de uma ruptura do baço. Por mais estranho que possa parecer, algumas vezes uma pessoa pode até sofrer uma fratura sem que se perceba disto, negligenciando o caso. Estes são apenas alguns dos motivos que nos levam a querer que você relate qualquer ferimento, qualquer pancada, qualquer queda recebidos em casa, no trabalho, na rua e receba o tratamento que deve ter o caso. Provavelmente a unidade de saúde com alguns cuidados de primeiros socorros, deixará você novo num minuto, porém, não faça auto-medicação, achando que não precisa de tratamento porque não está se sentindo muito mal.
Um outro ponto. A menos que você seja bem treinado em primeiros socorros e que esteja autorizado a lidar com estes casos, não brinque de médico tratando outras pessoas, fazendo aplicações em pessoas que não estejam se sentindo bem. Você poderá provocar muito mais mal do que bem. Relate todos os ferimentos, pequenos ou grandes, no momento em que acontecem e faça o tratamento imediato com as pessoas que estão qualificadas para isto.

Média Sálarial Tecnico em Segurança do Trabalho


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bomba de navio-tanque explode no Porto do Recife deixando quatro feridos

Uma bomba do navio-tanque Praia do Sancho, que faz transporte de combustível, explodiu na manhã desta sexta-feira (6), no cais do Porto do Recife. Quatro pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado grave.

Os feridos tiveram parte do corpo queimada. São eles: José Arimatéia da Silva, de 50 anos; Valdemar Goes Júnior, 47; José Cícero Moreira, 27; e Francisco Alves da Silva, 56. Eles foram socorridos para o Setor de Queimados da Hospital da Restauração (HR), no Derby.

Waldemar Câmara e José Cícero Moreira estavam próximos ao tanque e sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus em 95% do corpo, além de lesões no trato respiratório, e o estado de saúde de ambos é gravíssimo, de acordo com boletim da assessoria do HR divulgado no final da tarde desta sexta-feira (6). Eles chegaram à emergência entubados, passaram por curativos profundos e encontram-se sedados, respirando com a ajuda de aparelhos na UTI de Traumatologia.

José Arimatéria da Silva estava no convés e seus ferimentos foram mais leves. Com o impacto da explosão ele foi arremessado e bateu com a cabeça, sendo por isso avaliado por um neurologista. Ele apresenta queimaduras na cabeça e recebe atendimento na Unidade de Traumatologia.

Francisco Alves já teve alta do hospital. Ele também foi arremessado pela explosão, mas caiu na água e teve o impacto amenizado. Ele apresenta queimaduras na perna, braço e rosto, e deverá ser acompanhado no ambulatório do Centro de Tratamento de Queimados do HR.

O acidente na embarcação da empresa Agemar Transportes ocorreu por volta das 8h30, durante a manutenção do equipamento, que não suportou a carga da corrente elétrica. O barco levava óleo diesel e gasolina para o ancoradouro do Porto de Santo Antônio, em Fernando de Noronha, mas estava vazio na hora da explosão, pois iria receber nova carga para fazer mais uma viagem.

Antônio Souza, funcionário do navio-tanque, estava perto do barco na hora da explosão e ajudou a socorrer os feridos. “Eu estava trocando de roupa e quando eu voltei vi o barco pegando fogo. Eles gritavam pedindo socorro. Então a gente fez os primeiros socorros”, contou.

O Praia do Sancho estava ancorado em frente ao Armazém 14 desde a semana passada, quando havia chegado de Noronha. Com o impacto da explosão, partes do barco foram parar a mais de cem metros de distância (foto 5). Os bombeiros resfriaram o local para evitar novos acidentes.

O engenheiro de manutenção da Agemar, Fernando Fragoso, não sabia ainda afirmar qual a causa da explosão e disse também que prefere se pronunciar sobre o caso após as investigações, que serão coordenadas pela Capitania dos Portos.

Segundo informações do tenente Michel, os peritos da Marinha foram ao local fazendo apurações para chegar às causas do acidente, mas não há previsão para concluir o inquérito administrativo. A Capitania vai apurar quais pessoas estavam a bordo da embarcação, as atividades que elas desenvolviam, os procedimentos de segurança que eram necessários e se eles estavam sendo tomados.

Em nota oficial, liberada no início da tarde, o Porto do Recife disse que, assim que foi informado, adotou “todos os procedimentos de segurança necessários para isolar o local e informar ao Corpo de Bombeiros e ambulância”.

Também através da nota, disse que, pela explosão ter ocorrido dentro da embarcação, não será necessária a interdição do cais 13. A Gerência de Meio Ambiente do Porto também esteve no local, e não constatou nenhum vazamento de óleo no mar.
Da Redação do pe360graus.com

Trabalho em lavanderias hospitalares pode expor funcionários a doenças e acidentes

Foto: Sandro Alves
Em qualquer ambiente de trabalho é importante estudar as condições físicas e ambientais para que se garanta o bem-estar e condições de segurança dos trabalhadores no seu ambiente de labor. Em muitas lavanderias hospitalares, os funcionários estão expostos a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.

Debater sobre este tema torna-se necessário à medida que se constitui em um importante instrumento para o trabalhador desempenhar suas atividades com segurança e qualidade, obtendo, como consequência, uma melhor qualidade de vida no trabalho e oferecendo maior produtividade.

A preocupação com a questão da saúde dos trabalhadores hospitalares no Brasil iniciou na década de 70, quando pesquisadores da Universidade de São Paulo enfocaram a Saúde Ocupacional desses profissionais. Nesse momento verificou-se que grupos ocupacionais de trabalhadores hospitalares relataram queixas de doenças relacionadas com o processo de trabalho, tais como: doenças infecto­con­tagiosas, lombalgias, doenças alérgicas, fadigas e acidentes do trabalho.

Também foi constatado que as dores nas costas representam um sério e expressivo problema para os trabalhadores de lavanderia hospitalar. Atribuindo como nexo causal para as lombalgias o transpor­te e a movimentação de cargas, a postura i­na­dequada e estática, mobiliário e equipamentos também inadequados.

Além dos riscos, é exigido desse trabalhador alta produtividade em tempo limitado, sob condições inadequadas de trabalho, sendo estas relacionadas ao ambiente e aos equipamentos. Essas condições acabam levando a insatisfações, cansaços excessivos, baixa produtividade, problemas de saúde e acidentes do trabalho.

O sistema de lavagem industrial é um serviço que requer grande esforço físico e contato com substâncias químicas. De­ve-se ter cuidado ao lidar com essas substâncias, pois elas estão presentes no ambiente em forma de líquidos, gases, vapores, poeiras e sólidos, podendo provocar doenças. A preocupação com o conforto térmico também é evidente e fundamental nas lavanderias, uma vez que a exposição do trabalhador na execução de tarefas em altas temperaturas pode causar doenças tais como a hipertermia, exaus­tão, desidratação, câimbras e choque térmico.

As consequências dessas exposições podem afetar diretamente os trabalhadores, atingindo-os em seus aspectos físicos e psicológicos e, ainda, pode repercutir nas relações familiares e sociais.

As cargas de trabalho a que estão expostos os trabalhadores, quais sejam: químicas, físicas, fisiológicas, biológicas, psíquicas, mecânicas, geram processo de desgaste e os acidentes de trabalho são as mais visíveis mostras desse desgaste. Além destes fatores devem ser destacados a falta de infraestrutura adequada, a escassez de treinamento em serviço, a falta de conhecimento de modos de prevenção, entre outros.

Pesquisa

Para analisar a ocorrência dos acidentes do trabalho é necessário conhecer o processo e as principais cargas a que se submetem os trabalhadores. Para este fim foram delimitados os seguintes objetivos: identificar, no âmbito da saú­de do trabalhador, quais os riscos ocupacionais a que estão expostos os funcionários da lavanderia hospitalar de um hospital localizado no município de Vitória, no Espírito Santo/ES; avaliar o nível de satisfação no trabalho segundo percepção do trabalhador.

Um dos métodos de avaliação das sensações subjetivas de desconforto e dor mais utilizados na Ergonomia é a aplicação do Diagrama Adaptado de Corlett e Ma­nenica. O questionário auxilia no ma­pea­mento das áreas e intensidade dos des­confortos sentidos pelos funcionários ao final da jornada de trabalho. O diagrama é uma inquirição gráfica. Na folha de respostas há o desenho do corpo humano subdividido em áreas onde o inquirido irá apontar as dores sentidas.

Os resultados da pesquisa foram divididos em três etapas. A primeira aborda o perfil dos trabalhadores e suas condições de trabalho. A segunda apresenta a percepção dos trabalhadores em relação ao seu ambiente de trabalho, em que são a­nalisados os níveis de satisfação em relação à integração social, condições de trabalho, saúde e participação. Por último foi aplicado o Diagrama Corlett e Manenica com a finalidade de mapear os desconfortos sentidos pelos usuários.

Em relação ao perfil dos trabalhadores analisados foi identificado que 84% têm mais de 35 anos. Quanto ao nível de escolaridade, 42% não têm o ensino fundamental completo. O Mistério da Saúde ressalta que a qualificação do pessoal possibilita o uso de equipamentos e processos inovadores, reduzindo o custo operacional e otimizando o espaço. A exigência em torno da qualificação se dá em virtude das informações referentes às prescrições das tarefas, que necessitam ser lidas e entendidas por quem irá execu­tá-las.

Quanto aos possíveis riscos que o ambiente de trabalho pode oferecer aos trabalhadores, foram identificados, a partir da percepção dos trabalhadores, a existência dos riscos físicos, biológicos e er­gonômicos. No box Riscos em lavanderias hospitalares pode ser confe­rida a descrição de como foi identificado cada um d­e­les.

Quando questionados sobre a existência de risco na utilização dos equipa­mentos de trabalho, os entrevistados a­pontaram a máquina de lavar e a secadora como os equipamentos que representam maior risco, ambos com 41% cada. Em seguida aparece o carro de transporte, com 9%.

Autor: Sandro Alves da Silva

Confira o artigo na íntegra na Edição 223 da Revista Proteção
Data: 28/07/2010 / Fonte: Revista Proteção

Super Guia Net

Fiscalização resgata 26 pessoas em fazenda no Tocantins

Data: 06/08/2010 / Fonte: Repórter Brasil
Natividade/TO - Não era apenas a cerca de mourões, por eles mesmos reconstruída a partir do desmate de mata nativa, que impunha limites à dignidade de trabalhadores da Fazenda Santa Mônica, em Natividade (TO). Alojados em cinco barracos de lona e madeira erguidos sob chão de terra em pontos isolados do imóvel e próximos às frentes de trabalho, não tinham acesso a banheiros, água potável, energia elétrica, leitos e alimentação minimamente decentes.

Expostos a riscos e intempéries para demarcar as fronteiras da propriedade e impedir a dispersão do gado do patrão há mais de mês, custeavam ainda as refeições (havia servidão por dívidas, pois os gastos com a comida eram subtraídos pelos "chefes de barraco"), as próprias ferramentas de trabalho e até o combustível das motosserras.

Para completar o quadro de extrema precariedade, sofriam descontos ilegais dos salários na esteira do pagamento por produção e não recebiam os equipamentos de proteção individual (EPIs) exigidos para as atividades. Algumas das carteiras de trabalho estavam retidas com o empregador e muitos não descansavam sequer aos domingos. Viviam nessa situação 18 empregados.

Outros oito estavam alojados num galpão de alvenaria mais próximo à sede da Fazenda Santa Mônica, que servia também como garagem de tratores e depósito de ração, agrotóxicos e todo tipo de material que não tinha mais uso. Quatro tratoristas, dois mecânicos e dois ajudantes de serviços gerais pernoitavam em colchões sujos e improvisados que ficavam até em cima de carroças. Também não havia banheiro e as instalações elétricas irregulares estavam expostas no ambiente completamente cheio de óleo.

No caso dos trabalhadores do galpão, houve registro também de jornadas exaustivas de mais de 13 horas por dia (das 6h às 19h). Nem operadores de motosserra responsáveis pela produção dos mourões e nem tratoristas eram treinados e capacitados para operar as máquinas.

Todo esse quadro foi flagrado pelo grupo móvel de fiscalização - formado por integrantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) -, em janeiro deste ano, na propriedade de Emival Ramos Caiado Filho, primo do conhecido deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Vice-líder de seu partido na Câmara Federal, Ronaldo atua como um dos principais expoentes da bancada ruralista, ampla coalizão que apresenta resistências dentro do Congresso para a aprovação de medidas mais severas contra escravagistas como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que expropria (sem indenizações) a terra de quem comprovadamente explorar mão de obra escrava.

O grupo móvel lavrou 22 autos de infração referentes à Fazenda Santa Mônica. Entre eles: deixar de efetuar o pagamento integral do salário mensal até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido; prorrogar a jornada de trabalho além do limite legal de duas horas diárias; deixar de conceder descanso semanal de 24 horas consecutivas; manter empregado trabalhando sob condições contrárias às disposições de proteção ao trabalho, e admitir ou manter empregado sem o respectivo registro.

Em depoimento à fiscalização, o gerente confirmou ter contratado os trabalhadores para a manutenção das cercas da fazenda sem que houvesse o fornecimento de alojamento, alimentação, água potável, banheiro, utensílios básicos, ferramentas de trabalho e EPIs.

À Repórter Brasil, o advogado Breno Caiado, irmão e procurador do proprietário Emival, informou que a propriedade estava arrendada a terceiros e foi devolvida ao dono "com suas cercas e instalações de moradia deterioradas e avariadas". Para fazer uma reforma nas estruturas danificadas, adicionou Breno, houve o recrutamento do grupo (a maioria com carteira assinada, segundo a fiscalização) que tomava banho em córregos, utilizava o mato como banheiro e acabou flagrado pelos agentes.

Nas palavras do advogado, "não tinha outro jeito" de garantir melhores condições no local, pois a infra-estrutura é precária e a carência é enorme na região. Os acampamentos, continuou, consistem na única forma possível - independemente do que exige a lei - para dar suporte a empreitadas particulares como a de construção de cercas. Quando chovia, relataram as vítimas, os barracos ficavam alagados.

"Pouco tempo após o início das reformas, a fazenda passou por uma fiscalização em que foram apontadas algumas irregularidades, na visão dos fiscais. Foram atendidas as exigências e concluídas as reformas", justificou Breno, que preferiu não responder outras perguntas feitas pela reportagem.

Não quis se pronunciar, por exemplo, sobre a relação entre o flagrante e a atuação do primo de Emival, Ronaldo Caiado, no âmbito do Parlamento. Tampouco deu mais detalhes sobre a área envolvida, o TAC e os outros negócios do proprietário, declarando apenas que a "Fazenda Santa Monica é exemplo de segurança, organização e higiene do trabalho".

Já a assessoria de Ronaldo Caiado (DEM-TO), que concorre à reeleição no próximo pleito de outubro, declarou que o parlamentar não reponde pela conduta de outrem e que não defende quem comete crimes. Sobre o possível constrangimento pelo fato de ter um primo envolvido diretamente em flagrante de escravidão enquanto a PEC do Trabalho Escravo aguarda votação, a assessoria declarou apenas que o congressista está disposto a tratar do assunto no momento em que o mesmo for colocado em pauta.

O valor bruto das rescisões dos trabalhadores foi calculado em R$ 198,6 mil, incluindo as indenizações por dano moral individual (ratificadas pelo MPT) que somaram R$ 39,1 mil. A procuradora do trabalho Elisa Maria Brant de Carvalho Malta, intregrante do grupo móvel, firmou ainda um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que designou a doação de um veículo utilitário e de equipamentos de tratamento odontológico para o distrito de Príncipe, em Natividade (TO), por dano moral coletivo.

Quando entrou em contato com as autoridades locais para acertar a destinação dos equipamentos por conta do TAC, a procuradora soube que o próprio empregador já tinha anunciado ao prefeito que faria "doações" por livre iniciativa, tentando desvincular o pagamento do flagrante ocorrido.

O fazendeiro Emival é irmão de Sérgio Caiado (PP), que também concorre a uma cadeira na Câmara Federal. Sérgio, que já exerceu o cargo na legislatura passada, atua como presidente do partido em Goiás. Em 2005, Emival e Sérgio foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo atropelamento de um agente de segurança da Câmara dos Deputados no estacionamento dos fundos do Anexo IV.

Como proposta de transação penal, Emival, que dirigia o carro e teria atendido ordens de Sérgio, sugeriu doar cestas básicas e fraldas geriátricas a uma entidade beneficente de Brasília (DF) por seis meses e depositar R$ 1 mil para o Programa Fome Zero. O MPF aceitou a forma de punição do acusado, que foi confirmada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Incentivos

O dono da área inspecionada é proprietário da Rialma Companhia Enegática S/A e possui duas usinas hidrelétricas - Santa Edwiges II (13 mil kW) e Santa Edwiges III (11,6 mil kW), no Estado de Goiás. Foi ainda beneficiado por R$ 746,7 mil recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) na compra de 1 mil matrizes e 34 touros de gado nelore e custeio para outra fazenda que mantém em São Domingos (GO).

A Sul Amazônia S/A Terraplenagem e Agropastoril, que teve projetos aprovados pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e chegou a participar da carteira do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam), é a empresa de Emival por trás da Santa Mônica. Em comunicado divulgado em 12 de abril deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a Sul Amazônia e outras companhias pelo descumprimento da obrigação de prestar informações á comissão há mais de três anos.

Outro proprietário que teve a fazenda flagrada com trabalho análogo à escravidão na mesma operação foi Reniuton Souza de Moraes. Detentor de uma concessão do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para a exploração de areia em Goiás, Reniuton é dono da Fazenda Olho D’Água, em Monte Alegre de Goiás (GO), que tem 67,6 hectares de área e mantém como principal atividade a criação de gado de corte.

"Os resgatados [da Olho D´Água] estavam ligados a um empreiteiro que instalou uma carvoaria dentro da fazenda", conta o auditor fiscal do trabalho Leandro de Andrade Carvalho, coordenador do grupo móvel. Dois adolescentes com menos de 18 anos estavam entre os cinco libertados.

Segundo Leandro, os trabalhadores tinham de beber água dos córregos, não havia fornecimento de EPIs e as ferramentas de trabalho eram inadequadas. "Os alojamentos eram barracos feitos de alvenaria e madeira, totalmente improvisados", conta. "Um deles parecia com um acampamento de selva. Parte da estrutura era feita com lonas plásticas", complementa.

Não havia banheiro nas frentes de trabalho nem no alojamento; as necessidades fisiológicas eram feitas nos matagais. Os carvoeiros estavam sem registro e recebiam uma diária de acordo com a produção. A jornada de trabalho se estendia enquanto houvesse luz do sol.

De acordo com a fiscalização, Reniuton cedeu 55 hectares ao empreiteiro José César Rodrigues, que ficaria responsável pela derrubada da mata. José aproveitaria a madeira para produção de carvão e entregaria o terreno "limpo" para a implantação do pasto. Não havia dinheiro envolvido na negociação entre as partes. "Esse tipo de acordo é típico nas regiões de fronteira, mas se trata de uma terceirização ilícita", completa Leandro.

Um dos trabalhadores estava encarregado da derrubada das árvores e os outros enchiam os fornos e tiravam o carvão. Eles estavam na fazenda há dois meses, relata o auditor. "Eram de cidades próximas e moravam na fazenda durante a semana. Nos fins de semana, voltavam para a casa".

Reniuton assinou um TAC com o MPT. Foram pagas as verbas rescisórias e lavrados 12 autos de infração. Aos jovens, a procuradora Elisa determinou a abertura de duas cadernetas de poupança com R$ 3 mil por dano moral individual.

Eventos paralelos movimentam último dia da PrevenRio

Foto: Valdir Lopes
Rio de Janeiro/RJ - Corredores e estandes lotados marcaram a 4ª Prevenrio - Feira de Saúde e Segurança do Trabalho. Os visitantes puderam visitar a feira para conferir as novidades do mercado de equipamentos, produtos e serviços voltados à Segurança do Trabalhador, entre os dias 3 e 5 de agosto no Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro.

No dia 5 de agosto, último dia da Prevenrio, a legislação trabalhista, civil e criminal foi tema de painel, dentro da programação do 11º Congresso Brasileiro de Engenharia de Segurança, contando com a presença dos profissionais Cynthia Maria Simões Lopes, Sílvia Regina Fernandes Matheus, Celso Atienza e Michele Pedrosa Paumgartten. As perícias judiciais de insalubridade e periculosidade também entraram em pauta a partir das 14h, em outro painel. Foi também ministrado um curso sobre o mesmo assunto pelo presidente da SOBES, Josevan Fudolli, voltado a peritos e assistentes técnicos. O objetivo foi instruir o participante sobre como proceder nas fases de preparação dos quesitos, acompanhamento da diligência pericial, preparação do laudo e respostas aos quesitos e esclarecimentos.

Já a programação do Congresso Brasileiro de Ergonomia no dia 5 iniciou às 8h45 com sessões técnicas. A seguir, Isabel Porcatti de Walsh ministrou conferência a respeito da prevenção de LER/DORT através da fisioterapia e da ergonomia. Durante a tarde, os temas em destaque foram a auditoria de análise ergonômica e as metodologias da Análise Ergonômica do Trabalho. Por sua vez, os worshops de atualização abordaram a avaliação de ruídos (com Marco Aurélio Luttgardes) e a notificação, investigação de incidentes e acidentes (com Armando Augusto Martins Campos).

Simulados

Demonstrações técnicas de procedimentos de Segurança do Trabalho e Emergência integraram a programação de simulados, espaço que movimentou a 4ª Prevenrio, durante os três dias de evento. Simulações de desencarceramento, RCP, atendimento básico de vida no trauma, retirada de vítima de veículo, resgate em local de difícil acesso e SBV para profissionais de saúde, estiveram entre as atrações.

Data: 05/08/2010 / Fonte: Redação Revista Proteção

Explosão em navio mata três operários de estaleiro em Niterói

Niterói/RJ - Conforme informações do R7, na noite de segunda-feira, dia 2, três operários morreram após uma explosão de um navio, com bandeira das Bahamas, que estava sendo reparado no Estaleiro Renave/Enavi, na Ilha do Viana, em Niterói. Outros cinco operários ficaram feridos na explosão, segundo a Capitania dos Portos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a explosão foi registrada por volta das 22h30 e os feridos foram encaminhados para o hospital estadual Azevedo Lima, em Niterói. As vítimas ainda não foram identificadas.

Uma equipe de inspetores navais esteve no local do acidente durante a madrugada desta terça-feira, 3, para tentar descobrir as causas da explosão. A Capitania dos Portos informou também que abrirá um inquérito administrativo com prazo de conclusão de 90 dias.

Fonte: Proteção Eventos

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