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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Acordo visa combate ao assédio moral nos bancos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) assinarão acordo, no dia 26 de janeiro, com o intuito de combater o assédio moral nos locais de trabalho. A informação foi divulgada pelo presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, que comemora a adesão dos bancos à iniciativa e diz que se "trata de uma das principais conquistas" da Campanha Nacional dos Bancários do ano passado.
Segundo ele, o acordo aditivo ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho prevê adesão espontânea, já confirmada pelo Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal instalaram comitês de ética, no ano passado, para apurar denúncias de assédio moral.
Carlos Cordeiro diz que os bancos fixam "metas abusivas" para a venda de produtos, apelando para "situações de constrangimento e humilhações, que trazem estresse, adoecimento e depressão". As doenças mentais, segundo ele, são uma das principais causas de afastamento do trabalho, e alguns bancos já foram condenados em ações judiciais a pagar pesadas indenizações.
No acordo, os bancos comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.
As denúncias, devidamente identificadas, devem ser feitas aos sindicatos, que terão prazo de dez dias úteis para apresentar o caso ao banco em questão. As instituições terão 60 dias corridos para apurar os fatos e prestar esclarecimentos ao sindicato. Denúncias anônimas continuarão a ser apuradas pelas entidades, mas fora das regras estabelecidas no acordo com os bancos
Data: 20/01/2011 / Fonte: Agência Brasil

Ginástica laboral é meio eficaz de prevenção de LER/DORT

Ilustração: Beto Soares/Revista Proteção
Pesquisadores dinamarqueses realizaram um estudo publicado na revista Journal Occupational Medicine, que demonstrou os benefícios dos programas de ginástica laboral. Os resultados mostraram redução de 22% nas faltas ao trabalho, aumento em 38% na motivação para exercer as atividades e redução de estresse em 40%. "A ginástica laboral é também um meio de prevenção quando bem conduzida. O problema é que as empresas querem por vezes implantar a ginástica como benefício e não como meio de prevenção", afirma o presidente da ABRAFIT, Eduardo Ferro dos Santos.

O aumento progressivo do número de casos de LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) nos últimos 20 anos reforça a importância da ginástica laboral. Entre as causas para as LER/DORT estão: a utilização excessiva de determinados grupos musculares em movimentos repetitivos (como a digitação por exemplo) e a permanência de determinados segmentos do corpo em uma mesma posição por período de tempo prolongado. O artigo 157 da CLT destaca que a empresa deve oferecer meios de prevenção para estes problemas. "Para que a prevenção seja efetiva nesses casos, as condições e exigências biomecânicas do trabalho devem ser estudadas e os exercícios devem ser elaborados para evitar fadiga, acúmulo de acido lático, melhorar a flexibilidade, etc. Isso só é possível com um bom profissional, que tenha competências em Fisiopatologia e Biomecânica ocupacional", destaca Eduardo.

Segundo a pesquisa dinamarquesa, o investimento na atividade logo é revertido em ganho de produtividade, influenciando não só na melhora no padrão postural e mobilidade articular, como também na maior integração social e redução do nível de estresse dos colaboradores. As empresas observadas também registraram diminuição de custos de assistência médica, redução nos acidentes de trabalho e no absenteísmo
Data: 13/01/2011 / Fonte: Redação Revista Proteção

Jornada Internacional ABERGO ULAERGO 2011‏


Técnico(a) em Segurança do Trabalho

Metodologia utilizada para obtenção dos resultados
O módulo de Estatísticas de Cargos e Salários da Curriculum.com.br tem como objetivo fornecer uma referência salarial tanto para os profissionais como para as empresas, procurando refletir a realidade do mercado, tomando por base os dados contidos nos currículos dos profissionais cadastrados em nosso sistema.
Acreditamos que este módulo fornecerá números cada vez mais precisos, pois a base de amostragem cresce a cada dia, devido às inserções diárias e às atualizações constantes dos currículos já cadastrados. Deste modo, os resultados oferecidos estarão cada vez mais próximos da realidade, minimizando possíveis disparidades geradas pelos valores máximos e mínimos que também são levados em consideração no cálculo das médias salariais.
Por outro lado, como tais resultados são obtidos diretamente dos dados inseridos pelos próprios profissionais, a Curriculum.com.br se isenta completamente da responsabilidade sobre os valores salariais aqui demonstrados.
Este módulo fornecerá a média nacional, bem como valores individuais por estado brasileiro, desde que exista um número mínimo de experiências profissionais cadastradas que possibilitem a composição de média do estado. Caso o número mínimo aceitável não seja atingido em nenhum estado, será fornecida apenas a média nacional.
Como é obtido o resultado desta pesquisa.
A Curriculum.com.br administra neste momento 5.752.739 currículos, sendo hoje a maior base de dados de profissionais do Brasil, crescendo numa média de 2.296 currículos ao dia nos últimos seis meses.
Os resultados fornecidos por este módulo são gerados com base neste grande volume de informações, com foco no título do cargo e nos dados de salários fornecidos nas experiências destes profissionais, levando em consideração os seguintes critérios:
  • São utilizados apenas salários com periodicidade mensal;
  • São utilizados apenas salários fornecidos em moeda nacional;
  • São utilizados apenas salários iguais ou superiores ao salário mínimo brasileiro;
  • São utilizados apenas salários de profissionais atualmente empregados ou de até 1 ano atrás;
  • São utilizadas apenas experiências de profissionais que residem no Brasil;
  • Para fornecer maiores informações sobre como o salário médio foi obtido, o campo 'Fonte' exibido nos resultados fornecidos informa a quantidade de experiências e o número de profissionais levados em consideração no cálculo.
Mesmo após tais esclarecimentos sobre a metodologia de obtenção dos resultados fornecidos por este módulo, salientamos que:
  • Os resultados fornecidos por este módulo não foram consolidados segundo a metodologia científica tradicional (moda, média ponderada, 1o quartil, 3o quartil, etc.);
  • Também não foram considerados o porte das empresas, acordos salariais, datas-base de dissídios coletivos nem o conteúdo, a descrição ou a avaliação dos cargos.
Os dados utilizados para compor tais resultados são fruto de uma grande reformulação na estrutura do sistema, ocorrida há alguns meses. Todos os usuários foram informados para que atualizassem seus currículos. Porém, atualizações desta magnitude são graduais. À medida que mais usuários atualizarem seus currículos e novos cadastros forem incluídos, teremos mais dados para compor a média de salários. Com isto, poderemos oferecer informações cada vez mais atualizadas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Prevencionistas chamam atenção para realidade dos acidentes de trabalho

Ilustração: Beto Soares/Revista Proteção
Na manhã do dia 8 de setembro de 2010, os técnicos de montagem Leandro Marques e Roberto Robson perderam a vida enquanto desmontavam uma grua no alto de um prédio de 16 andares em uma construção em Salva­dor, na Bahia. Com a queda do equipamento, ambos ­foram arremessados ao chão e morreram na hora. Uma terceira vítima ficou ferida. Essa não foi a primeira vez que um aci­dente aconteceu nas obras do condomínio de luxo na capital baiana. Em 2008, outro operário faleceu depois de despencar do sétimo andar de um dos prédios em construção. "Neste caso da grua não foram tomadas as medidas necessárias para o seu desmonte", recorda o coordenador de Vigi­lância de Ambientes e Processos de Trabalho do Cesat/BA (Centro de Referência Estadual em Saúde do Traba­lhador), Alexandre Jaco­bina, que acompanhou a investigação do acidente.
Mesmo com todos os esforços de preven­cionistas e do Governo para a redução dos acidentes de trabalho fatais, não é incomum ouvirmos relatos de óbitos de trabalhadores. Em especial, na construção civil, um dos setores que lidera, ao lado do transporte rodoviário de cargas, as estatísticas de acidentes fatais no País. Nas próximas páginas você vai acompanhar uma análise sobre os dados que envolvem óbitos de trabalhadores brasileiros, conhecer os fatores que provocam ocorrências dessa natureza e entender os motivos que teriam influenciado, de ­acordo com as estatísticas, a redução dos acidentes fatais. Alguns prevencionistas arriscam apostar que os números são o reflexo do esforço do poder público e das empresas em benefício da segurança dos trabalhadores. Outros preferem deixar o otimismo de lado, chamando a atenção para as subnotificações desses casos quando as mortes ocorrem na informalidade, o que poderia descortinar um no­vo cenário dessas ocorrências.
No Brasil, a realidade dos acidentes de trabalho é conhecida através da notificação à Previdência Social e feita a partir da parcela da população trabalhadora coberta pelo SAT (Seguro de Acidentes de Traba­lho), a qual corresponde, conforme dados de 2008, a 34% da população ocupada. Estão excluídas dessas esta­tís­ticas trabalhadores autônomos, domésticos, fun­cionários públicos estatutários, su­bempregados, trabalhadores rurais, en­tre outros. Desde 1970, é possível consta­tar a diminuição da mortalidade por a­ci­dentes do trabalho no País. A taxa reduziu, entre 1970 e 2009, de 31 para seis óbitos por 100 mil trabalhadores segurados.
Ainda de acordo com os últimos números da Previdência, o ano de 2009 registrou 2.496 óbitos de trabalhadores, ante as 2.817 mortes registradas em 2008 em diversos setores de atividades, representando uma diminuição de 11,4% nos óbitos. O maior percentual de mortes em 2009 foi registrado nos segmentos econô­micos de transporte rodoviário de cargas e indústria da construção. Juntos, os dois ­setores concentraram o maior número de mortes (28%) e de incapacidades permanentes (18%) relacionadas ao trabalho.
Redução
Sobre a redução de 11,4% dos acidentes fatais laborais em 2009 em relação ao ano anterior, os prevencionistas apontam alguns fatores que podem ter contribuído para esta diminuição. O Gerente Executivo de Saúde do Departamento Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), Fer­nando Coelho Neto chama a atenção para o fato de que os casos de óbitos decorrentes de acidentes de trabalho já vêm caindo há alguns anos e atribui este resul­tado a maior ação dos diferentes atores sociais. "A exemplo do governo, que hoje conta com ações muito mais integradas en­tre os Ministérios, dos representantes de trabalhadores, que estão mais organizados e preparados para a negociação no fó­rum tripartite, e aos empresários, que tem mudado sua visão, percebendo que as questões de SST impactam no seu negócio", opina.
Para o tecnologista e assessor da Diretoria Técnica da Fundacentro em São Paulo, José Damásio Aquino, a ­explicação para esse fato, além das melhorias nas con­dições, pode ser atribuída ao aumento da formalização dos traba­lhadores. "Quanto maior o número médio de vínculos, com o número de óbitos constante, menor será a taxa de mortalidade. Analisando os dados de óbitos, observamos que os números não apresentam grande variação no período. O que apresenta variação é o total de vínculos. Isso reflete o esforço do governo de forma­liza­ção dos trabalhadores, isto é, o registro em carteira, que permite que o trabalhador passe a ser segurado do INSS e entre nas esta­tísticas", explica. Já o médico do ­Trabalho e Auditor Fiscal do Trabalho da SRTE/SE, Paulo Sérgio de Andrade Conceição ressalta, porém, que estes números não devem ser analisados isoladamente, mas num contexto de uma série histórica. "Devemos observar a continuidade destas estatísticas para verificar se o que ­ocorreu em 2009 foi apenas uma redução pon­tual ou se vai se configurar uma tendência de redução dos acidentes fatais, como almejamos", pontua.
Confira a reportagem na íntegra na Edição 229 da Revista Proteção.



Data: 11/01/2011 / Fonte: Revista Proteção

Para refletir

A vida é uma escola, e o professor é o mundo